sábado, 29 de janeiro de 2011

Mais magra com abacate

Ele sempre teve a fama de engordar. Mas, agora, pesquisadores do mundo todo afirmam que a fruta emagrece! E não aumenta as taxas de colesterol como se pensava. Ao contrário: faz bem para o coração e ainda deixa a pele mais bonita!






Nem todo mundo dá bola para o abacate, mas só até descobrir seus poderes. Para citar alguns: protege o coração e ajuda a manter a pele jovem. E, apesar de ter passado décadas com a fama de engordar, os novos estudos revelam que ele diminui o índice de massa corporal (IMC). Ou seja, emagrece! “Os pesquisadores também constataram que o abacate reduz 42% o risco de síndrome metabólica – desordem no metabolismo capaz de desencadear diabetes e ganho de peso”, diz a
utricionista Valéria Pascoal, diretora da VP Consultoria Nutricional, em São Paulo. O segredo é você comer a fruta com frequência e em doses moderadas, sozinha ou em receitas leves.

Ação antigordurinhas

Boa parte dos benefícios do abacate é mérito do ácido oleico – a mesma gordura boa do azeite de oliva. Presente na polpa numa proporção excepcional, ele aumenta a sensação de saciedade (você fica feliz com menos comida) e adia a fome. Também baixa a carga glicêmica da refeição e reduz a inflamação nas células, o que resulta em menos gordura no corpo. Eis aí um atrativo e tanto para quem vive de olho no ponteiro da balança.
Consumida na hora de dormir, a fruta promove outro efeito: “Nesse horário, o abacate intensifica a ação do GH, hormônio do crescimento, que tem o pico de produção à noite.” O que isso tem a ver com a cintura sequinha? “No adulto, o GH ajuda a formar músculos e faz o organismo usar a gordura estocada como fonte de energia”, garante o consultor de nutrição Alfredo Galebe, de São Paulo. A medida recomendada: 2 colheres de sopa (no máximo três) da fruta pura (não vale pôr nem adoçante!) antes de você ir para a cama.

Aliado da pele e do coração

Atrás de um produto de beleza natural? Pode apostar no abacate. “Rico em vitaminas A e E e beta-sitosterol, ele ajuda a combater acne, ruga e celulite”, afirma a nutricionista Eliane Tagliari, da clínica Nutribioforma, em Curitiba. Agora, para quem faz exercício, o abacate é mais do que necessário. As
substâncias anti-inflamatórias presentes na fruta reduzem o risco de desgaste na cartilagem (tecido que protege as articulações), segundo uma pesquisa publicada na revista científica Osteoarthritis and Cartilage. Um outro estudo, do Centro de Nutrição Humana da Califórnia (Ucla), nos Estados Unidos,
revelou que o coração também fica protegido. “O beta-sitosterol, em parceria com outro componente do abacate, a L-glutationa, reduz o colesterol ruim sem prejudicar o bom”, completa Valéria Pascoal.

Fruta com proteína

O abacate é uma das raras frutas que tem proteína. Pouquinho, é verdade. Mas acaba sendo uma opção para completar esse nutriente na refeição. Assim você pode consumir a fruta em receitas salgadas – e não só com açúcar (hábito típico dos brasileiros). Acredite, fica ótimo! Melhor ainda: a gordura do abacate aumenta em até 10% a absorção dos carotenoides, entre eles o licopeno, presente principalmente no tomate. De novo, você só tem a ganhar com isso. O licopeno tem o poder de reduzir os radicais livres prevenindo o envelhecimento precoce. Então aproveite para incluir a fruta do abacateiro de diferentes maneiras no seu dia a dia. Mas lembre-se: em porções moderadas!

Tamanho econômico

Existe mais de 30 tipos de abacate no Brasil. “São resultado do cruzamento entre espécies nativas do México, Caribe e Guatemala”, explica Otoniel Duarte, pesquisador da Embrapa/Roraima. A maioria é grande: pesa cerca de 500 gramas. Mas você pode encontrar versões pequenas. É o caso do avocado, popular na América Central e cultivado aqui há uma década. Mas cuidado: apesar de pesar só 85 gramas, contém as mesmas calorias (160 em 100 gramas) que o primo grandalhão. E não perde nada em nutrientes. Ao contrário: tem mais fibras e vitaminas A, C e E. “Significa que o avocado é ainda mais poderoso em antioxidantes”, diz Adriana Martins, nutricionista da Universidade Federal de São Paulo que já fez estudos sobre a fruta.

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